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segunda-feira, 28 de junho de 2010

Antes que você me pergunte: O quem parkour tem a ver com kenjutsu?

Leia os textos abaixo e acompanhe meu raciocíno (se puder) a seguir:

O que é Kenjutso?
Nota¹: Kenjutso Hyoho Niten Ichi Ryu foi fundado na primeira metade do século XVII por Miyamoto Musashi (1584-1645). Essa técnica utiliza movimentos econômicos, sem espalhafatoso ou movimentos inúteis. Os golpes são exatos, e a distância exata e sem desperdício movimento. O bokken utilizado em Niten Ichi Ryu segue um modelo feito pelo fundador do estilo e que existe ainda em nossos dias.O Hyoho Niten Ichi Ryu possui técnicas com duas espadas, espada longa, espada curta e bastão.

O que é parkour?
Nota²: Parkour (por vezes abreviado como PK) ou l'art du déplacement (em português: arte do deslocamento) é uma atividade cujo princípio é mover-se de um ponto a outro o mais rápida e eficientemente possível, usando principalmente as habilidades do corpo humano. Criado para ajudar a superar obstáculos de qualquer natureza no ambiente circundante — desde galhos e pedras até grades e paredes de concreto — e pode ser praticado em áreas rurais e urbanas. Homens que praticam parkour são reconhecidos como traceur e mulheres como traceuses.

Fonte – ambos retirados de Wikipédia – a enciclopédia livre

Vou ser breve pois esse é um post dedicado a quem pratica uma das duas artes acima ou mesmo ambas (como eu) os textos acima foram retirados da mesma fonte mas falam sobre atividades gritantemente distintas, enquanto uma foi criada no Japão feudal prega dentre outra coisas o combate e a rejeição ao abandono do campo de batalha a outra tem suas origens nas técnicas criadas justamente para os fins contrários e utilizada nas guerras do Vietnan vindo a tomar sua forma final nos subúrbios de Paris na França, mesmo assim se pode notar a similaridade de uma com relação a outra no que se condiz em “SER EFICIENTE”, farei outros posts a respeito de eficiência e sobre a relação do parkour com o kenjutso, mas neste momento gostaria que você apenas entendesse este conceito simples: "EFICIENCIA É FAZER O QUE TEM DE SER FEITO DE FORMA A OBTER O MELHOR RESULTADO POSSÍVEL!"

Intervenção urbana

Sábado. São Paulo. Duas horas da tarde. Enquanto você tranquilamente caminha pela calçada, alguém salta um muro e se arremessa em sua direção, você assustado desvia, a pessoa passa e salta novamente, agora sobre uma caçamba de entulho com uma leve ajuda de umadas mãos. Você observa, ele segue incessante na direção do viaduto eescala a pilastra de proteção. Você então percebe o que o estranho pretende e tenta correr em sua direção, mas é tarde. Ele pula. Você grita. Corre ao viaduto em desespero, apenas para ver um vulto se deslocar velozmente pelo asfalto. Você sorri ao ver o traceur desaparecer atrás de outro muro.

Retirei este texto do blog de um amigo, o Rick, enquanto lia refletia sobre o que podemos chamar de liberdade em relação a nós mesmos, conclui que somos mais do que pessoas quando estamos rasgando a cidade com nossos pés e mãos calejados, somos verdadeiro elementos de uma constante intervenção urbana, conseguimos modificar a atmosfera a nossa volta, transformar o espaço, e até me arrisco a dizer que conseguimos CRIAR o espaço (algumas vezes literalmente) as pessoas ao nosso redor se assustam se sentem intimidadas de alguma forma ou até mesmo ofendidas, mas na verdade no fundo cada um deles recupera dentro de sí mesmo a origem da liberdade, do ir e vir sem a prisão urbana e cotidiana que o dia-a-dia e as obrigações nos impõem. Somos uma faca de dois gumes, quebramos o confortável marasmo da rotina monótona da grande metrópoles e ao mesmo tempo injetamos adrenalina na artérias daqueles que nos cercam mesmo sem colocá-los em condições em que ela seja necessária, nos fazemos com que as pessoas saião de sua zona de conforto e segurança e isso as incomoda, mas nós também as lembramos de que estão vivas, e de que são livres. Como na época dos senhores feudais existia a lei e a ordem garantida por aqueles que eram mais fortes, e existia a liberdade e sensação da vida fluindo que também era cultivada por esses mesmo guerreiros poderosos, assim temos de ser! Fortes o suficiente para saber quando devemos parar e livres o suficiente para decidirmos quando devemos continuar!

O CAMINHO DO TRACEUR!


A muito tempo já venho com a idéia de criar um blog para postas minhas experiências e praticas relacionadas ao parkour e ao kenjutso. Mas sempre batia na mesma tecla: não quero criar apenas mais uns blogs de traceur ou kenshi como os que já existem. Então a luz surgiu no final do túnel quando decidi criar um blog que fosse dedicado apenas aos pensamentos filosóficos e as origens e significados de tudo que é inerente a estas duas artes que são minha paixão.
Com isso nasce o PARKULTURA, uma página dedicada a unir os ensinamentos de Miyamoto Musashi e Jorge Kishikawa Sensei com os conceitos e ideais básicos Criados por Georges Hebert, David Belle e os demais nomes influentes do mundo do parkour.

Assim (re)começa minha jornada pelo caminho do guerreiro, aliado ao mundo contemporâneo e a arte da liberdade em harmonia com o dever de seguir a retidão e manter vivos os costumes o respeito e as virtudes do samurai e os idéias do traceur.

O CAMINHO DO TRACEUR!